quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O Consumismo afeta nossa Mensagem

O consumismo que afeta o indivíduo alterando a sua visão de mundo, os seus valores, os seus objetivos e a sua identidade, afeta e prejudica a Igreja também, porque a igreja é formada por indivíduos. Numa Igreja de consumistas, a Palavra de Deus deixa de ser regra de fé e prática e dá lugar às doutrinas do consumismo que passam a reger o rebanho de Supremo Pastor. Isto pode acontecer em várias áreas de competência da Igreja, mas nesse texto menciono apenas a questão da mensagem a ser proclamada.

O evangelho descrito na Bíblia é a mensagem que a Igreja deve levar ao mundo. Este evangelho, fundamentalmente, constitui as boas novas necessárias ao perdão dos pecados diante de um Deus todo santo, que revela o seu amor aos homens por meio de Jesus Cristo e de sua cruz.

Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores (1 Tm 1.15). Esta mensagem compreende a estrutura dos princípios morais centrados em Deus para o mundo e define o que é bom em termos de moral. A cultura do consumismo desenvolveu-se em uma sociedade incrédula, secularizada, que abandonou as categorias da moral absoluta. Ela redefiniu o que é bom como uma entidade terapêutica. É isto que faz com que as pessoas se sintam melhor e promove a cura. Há, conseqüentemente, uma grande pressão sobre os pastores para que mudem a mensagem da Igreja, reformulando-a de acordo com os termos centrados no homem. Esse novo evangelho consideraria a salvação primeiramente em termos de realização pessoal em vez de salvação proveniente da ira justificada de Deus que condena o pecado. Esse tipo de mensagem encara o homem como uma vítima, em vez de um agente do pecado que precisa arrepender-se. Por fim, esta é a mentalidade na qual o próprio Deus é visto como um item de consumo, que é arrancado do armário quando nos sentimos feridos ou necessitados e guardado novamente quando não mais precisamos Dele.

Segundo o autor John Benton, no livro Cristãos em uma Sociedade de Consumo, é isso que o consumismo faz com a Igreja. Ele afeta violentamente a mensagem que nós, os cristãos, devemos anunciar aos homens perdidos e carentes do amor de Deus. Por isso devemos fugir do consumismo.

Que o povo de Deus tenha discernimento e domínio próprio. E que o Senhor Jesus nos abençoe e conduza os nossos pés na busca de santidade e consagração, como testemunho de que aprendemos a viver contente em toda e qualquer situação.

Rev. Adair Ordontis Dias

A Influência do Consumismo (2ª parte)

Ainda refletindo sobre o livro “Cristãos em uma sociedade de Consumo”, do autor John Benton, apresento a seguir mais duas questões que são fortemente afetadas pelo consumismo na vida de uma pessoa.

1. O Consumismo afeta os nossos objetivos. Nos séculos passados havia a preocupação de desenvolver o caráter das pessoas. Atualmente, a nossa sociedade se preocupa em desenvolver a personalidade. Qual é a diferença? O caráter é uma disposição interior de amar o que é bom, sendo que o bom é definido em termos absolutos pela natureza e pela vontade de Deus. As pessoas de antigamente, principalmente os cristãos, se esforçavam para crescer em amor e em santidade como objetivo de vida para a glória de Deus. Na sociedade atual, o secularismo reina, Deus está morto e já não existe a idéia dos absolutos morais. Agora o que importa é sentir-se bem consigo mesmo; é tornar-se uma pessoa interessante, moderna ou divertida; é ser feliz, mesmo que você não seja uma pessoa moralmente correta. Busca-se por uma boa imagem! Assim, os objetivos mudaram. O foco não está mais na vida interior, mas na vida exterior.

2. O Consumismo afeta a nossa identidade. A identidade está ligada ao ponto anterior e funciona em um nível mais profundo. No passado, a nossa identidade, definida por coisas do tipo sexo, religião e classe social, determinava muitas das escolhas que fazíamos. Mas, agora, vivemos em uma sociedade em que a identidade é vista como algo muito mais variável. De certo modo, podemos escolher a nossa identidade. Tudo que devemos fazer é comprar os símbolos certos de status. Mas isso significa que a identidade está sendo desvalorizada. Porque uma vez mais o que se busca é uma imagem. E considerando que a identidade se tornou algo flexível, não há qualquer relação entre o que alguém afirma ser e o comportamento moral que se espera dele. Por quê? Porque é provável que semana seguinte ele mude de idéia quanto ao que gostaria de ser. As pessoas de hoje, lamentavelmente, tem dificuldade em saber quem realmente são. E o reflexo disso pode ser visto na vida de muitos cristãos que não avançam rumo à maturidade espiritual.

Na próxima postagem veremos como o consumismo afeta a Igreja do Senhor Jesus Cristo. Que Deus nos conceda sabedoria e coragem na luta contra o consumismo.

Rev. Adair Ordontis Dias

sábado, 28 de agosto de 2010

A Influência do Consumismo (1ª Parte)


O nosso texto de hoje está baseado no livroCristãos em uma sociedade de Consumo”, do autor John Benton. Ele nos alerta para a influência negativa do consumismo na vida do verdadeiro cristão. A mensagem do consumismo está se espalhando por todo o mundo e atingindo as pessoas. Ela molda o modo de pensar e tomar decisões das pessoas. Os ideais do consumismo determinam as prioridades na vida da maioria. Veja a seguir uma pequena lista de algumas formas pela quais as pessoas são afetadas.

1. O Consumismo afeta a nossa visão de mundo. As pessoas são levadas a definir suas prioridades levando em consideração apenas esta vida. Assuntos sobre a eternidade e a espiritualidade de cada indivíduo não são tão importantes para as pessoas quando elas são massacradas pelos comerciais materialistas do consumismo. Essa atitude pode afetar, até certo ponto, os cristãos. Servir ao Senhor é importante, mas não é mais tão importante como o era para as gerações anteriores, que tinham uma visão muito mais clara da eternidade. É urgente resgatarmos a visão bíblica de mundo para resistirmos à tentação do consumismo. O apóstolo João nos lembra que o mundo passa, e com ele todos os desejos e prazeres que imprime no coração das pessoas, mas a Palavra do Senhor permanece eternamente.

2. O Consumismo afeta os nossos valores. Muitos dos valores visíveis da cultura de consumo explicitamente descartam virtudes cristãs. Sabemos que entre os frutos do Espírito está a paciência (Gl 5.22,23). No entanto, a marca distintiva da sociedade do cartão de crédito diz: Por que esperar? Compre o que você quer agora!” Mais uma vez, negar-se a si mesmo faz parte do discipulado do cristão. Jesus diz que devemos negar a nós mesmos, pegar a nossa cruz e segui-lo. Mas a sociedade de consumo diz que não devemos negar a nós mesmos de forma alguma; pelo contrário, antes de qualquer coisa, a vida tem de ser aproveitada. O cristão observa que esta alegria tem o seu momento; mas, a alegria queem Deus e a que lhe rendemos quando confiamos nele e lhe obedecemos, e não os prazeres passageiros do mundo material, devem ser nossa regra de .

No próximo artigo faremos uma análise de como o consumismo afeta os nossos objetivos e a nossa identidade.

Que o Espírito de Deus nos ajude a reavaliar e reorganizar à luz de Sua Santa Palavra os nossos valores e a visão que temos do mundo e da eternidade.

Um grande abraço e que Deus os abençoe.

Rev. Adair Ordontis Dias

terça-feira, 20 de julho de 2010

Elementos Fundamentais



Será que exageramos se afirmarmos que não pode haver saúde e força na Igreja, sem a poderosa presença da Palavra de Deus? Acredito que não! Porque nos dias da juventude de Samuel a Palavra do Senhor era mui rara, e a fraqueza do povo era completa e notória. Esse período de decadência espiritual foi marcado pelas derrotas vergonhosas sofridas pela nação de Israel, mas principalmente pela tragédia que assolou a família do sacerdote Eli (cf. 1 Sm 3.1,11-13 e capítulo 4). De fato, não havendo profecia, o povo se corrompe” (Pv 29.18). E munido da Palavra o crente se fortalece e se torna útil ao Senhor.

Ao analisarmos a Igreja Primitiva ficamos admirados de sua força! Essa força era devida à presença do Espírito Santo e à seriedade com que era tratada a Palavra de Deus. A Igreja Primitiva era tão cheia do Espírito, quanto era cheia da Palavra. Algumas Igrejas, hoje em dia, enfatizam a necessidade do Espírito Santo, mas se esquecem de dar a mesma importância à Palavra de Deus. Deus não retirou o Seu Espírito da Igreja, mas alguns homens tem retirado a Palavra da Igreja, não dando a Ela a importância devida. Fazem isso quando deixam de estudá-la e de vivê-la. O baixo nível de conhecimento bíblico, de testemunho e a pouca presença nos estudos bíblicos e escolas dominicais são provas cabais de que a Palavra de Deus deixou de ser alimento diário para a nossa geração. Falta poder à Igreja! Ela está fraquinha e por isso não tem crescido.

Quero chamar a sua atenção, através desse texto, para os elementos fundamentais que promovem o crescimento da Igreja: o Espírito Santo e a Palavra de Deus. Se quisermos ser cheios do Espírito Santo, devemos buscar a plenitude da Palavra. Porque plenitude do Espírito e plenitude da Palavra são duas realidades inseparáveis. O Espírito concede poder e autoridade ao crente para que ele proclame a Palavra do Senhor, que salva, cura e liberta. E assim, a exemplo da Igreja Primitiva, a Igreja de hoje, cheia do Espírito e da Palavra, poderá promover o seu próprio crescimento, tanto em qualidade como em quantidade. Porque a Igreja cresce mediante a ação do Espírito Santo e na proporção em que anuncia as boas novas de salvação aos perdidos.

Que sejamos hoje, uma Igreja cheia da Palavra e do Espírito! Que o nosso testemunho comprove a importância que damos a Eles. E que o reflexo de tudo isso seja visto na vida de todos aqueles que professam o nome do Senhor Jesus.

Rev. Adair Ordontis Dias.